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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Hacker disponibiliza meio para rodar programas 'caseiros' no PS3.

Console teve segurança quebrada pelo grupo 'Fail0verflow'.
Técnica pode viabilizar pirataria; Sony trabalha em uma correção.

Se a quebra do console for confirmada, cópias não autorizadas de jogos poderão ser usadas.  
Se a quebra do console for confirmada, cópias não autorizadas de jogos poderão ser usadas.
O hacker norte-americano George Hotz, conhecido como “GeoHot”, disponibilizou ferramentas capazes de assinar digitalmente softwares caseiros (homebrews) para rodar no Playstation 3. Hotz disponibiliza também um software capaz de desbloquear PS3s com o firmware 3.55, no qual podem rodar os softwares assinados com suas ferramentas. A presença da assinatura faz o console pensar que o programa foi autorizado pela Sony, da mesma forma que uma assinatura manuscrita autentica um cheque ou contrato.
“GeoHot” é conhecido por ter hackeado o iPhone e por ter criado um hack para o PS3 no início de 2010. Como medida preventiva, a Sony retirou a função “OtherOS”, que permitia o desbloqueio do console com a técnica de Hotz.
A retirada da função OtherOS irritou muitos hackers e pesquisadores que gostavam de utilizar sistemas operacionais alternativos no PS3, tal como o Linux. Um grupo de hackers conhecido por ter quebrado a segurança do Wii, na ocasião chamado de “WiiPhonies”, voltou com o nome de “fail0verflow” para divulgar uma quebra das chaves secretas do PS3 durante a conferência do Chaos Computer Club (27C3), ocorrida noem dezembro de 2010 em Berlim, na Alemanha. É um grupo diferente de hackers, sem ligação com Hotz, cujo objetivo é apenas rodar Linux no PS3.
Sistemas de assinaturas digitais com chaves dependem de duas chaves: a pública e a privada. A chave privada precisa ser secreta e é com ela que a assinatura digital é criada. A chave pública permite verificar que um software foi assinado com a chave privada. Dessa forma, o console pode verificar uma assinatura sem revelar a fórmula matemática para criar novas assinaturas.
A quebra das chaves permite que softwares sejam assinados para rodar no Playstation 3. O objetivo do grupo é conseguir novamente rodar o Linux, embora eles admitam que o resultado final seja a pirataria. Os hackers identificaram um erro nas assinaturas criadas pela Sony que permitiu inverter a fórmula e obter a chave secreta a partir da chave pública.
Hotz usou a mesma técnica para extrair a chave mestre do Playstation 3, do PSP e do Blu-Ray para viabilizar a execução de softwares caseiros.

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